Omar Ginoble Pandoli, professor do Departamento de Química da PUC-Rio, pesquisa a estrutura anatômica do bambu e suas propriedades mecânicas. O objetivo é transformar os canais vasculares dessa planta em um reator químico microfluídico, que manipula pequenas quantidades de fluidos. Busca desenvolver uma nova classe de microreatores biomiméticos catalíticos para uso em laboratórios químicos sustentáveis.
 
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A nova área de pesquisa denominada bio-microfluídica implementa biomateriais e design inspirados pela natureza para manipulação de fluido em microcanais.
 
O projeto é orientado ao desenvolvimento de um dispositivo microfluídico biomimético constituído inteiramente de polímeros biodegradáveis da matriz vegetal do bambu. Além de explorar a natureza química do bambu o conjunto de microcanais dos feixes vasculares serão revestidos com nanopartículas metálicas com propriedades catalíticas pela síntese orgânica.
 
A criação de um dispositivo microfluídico de bambu, funcionalizado por metais, nos permite desenvolver uma nova classe de microreatores biomiméticos  mais baratos e sustentáveis em comparação aos produtos confeccionados artificialmente e disponíveis no mercado.
 
Como as plantas são maravilhosas fábricas de moléculas orgânicas o design de um produto biomimético, coloca em harmonia dois critérios fundamentais para o sucesso de uma boa ideia,  praticabilidade e viabilidade,  tornando desejável o uso de um material vegetal  como dispositivo tecnológico não apenas funcional mas também emocional.