• Palestrante: Dra. Monique da Rocha Queiroz Lima (FIOCRUZ);
  • 24 de abril às 11h;
  • Sala: 772

 

Resumo da palestra:

O termo arthropod-borne viruses deu origem à palavra “arbovirus” utilizada para denominar os vírus que são transmitidos ao hospedeiro vertebrado através da picada de vetores artrópodes, principalmente mosquitos e carrapatos. As principais famílias que causam doença no homem são: Flaviviridae, Togaviridae e Bunyaviridae, sendo os respectivos gêneros de maior importância na saúde pública: Flavivirus, Alphavirus e Orthobunyavirus. As doenças causadas por arbovirus (arboviroses) que têm como agente etiológico vírus pertencentes aos gêneros Flavivirus (vírus dengue e vírus zika) e Alphavirus (vírus chikungunya). Estas três famílias são consideradas um grande problema de saúde pública, pois possuem rápida disseminação no ambiente, devido às condições favoráveis em nosso clima tropical e organização social, tais como: rápidas mudanças climáticas, deflorestação, migração populacional, condições precárias de saúde e áreas urbanas desorganizadas, favorecendo assim a manutenção e transmissão viral, devido a perpetuação do vetor no ambiente. No Brasil, vivenciamos nos últimos anos uma tríplice epidemia causada pelos vírus dengue, zika e chikungunya. Esta situação muito nos preocupa pois são vírus que podem levar à quadros hemorrágicos e choques hipovolêmicos (decorrente do aumento da permeabilidade vascular provocando grande perda de plasma sanguíneo e aumento do hematócrito), com grande chance de óbito, problemas de ordem neurológica (como a microcefalia e síndrome de Guillain-Barré), assim como intensas poliartralgias, respectivamente.

 

Sobre a palestrante:

A Dra. Monique da Rocha Queiroz Lima possui graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas pela UNISUAN (2002), mestrado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz (2009) e doutorado em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz (2014). Atualmente é pós-doutoranda em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz.

Ganhou o Prêmio de Incentivo em Ciências e Tecnologia para o SUS em 2014, como Primeiro lugar na categoria Doutorado, além do Prêmio Alexandre Peixoto de Teses promovido pelo Instituto Oswaldo Cruz – FIOCRUZ, e do Prêmio Capes Interfarma de Inovação e Pesquisa, ambos em 2015.

Tem experiência na área de Virologia, atuando principalmente nos seguintes temas: arboviroses, diagnóstico laboratorial, desenvolvimento tecnológico, epidemiologia.